RATOS DE FLIPER

segunda-feira, 16 de abril de 2012

✈✈✈✈ River Raid - curiosidades✈✈✈✈



Lançado pela Activision no já distante ano de 1982, RIVER RAID é uma obra-prima da primeira metade dos anos 80, lembrado com entusiasmo por dez entre dez jogadores da época. O game é o primeiro shot’em up com scroll vertical de sucesso da história, apresenta uma jogabilidade intuitiva e eficiente e gráficos muito bonitos e detalhados para os padrões tecnológicos do Atari 2600...



O avião de River Raid sobrevoa um rio cercado por um canyon? A segunda ilustração de cartucho sugere que sim, a primeira que não e esta última (nacional) mostra claramente o avião voando bem acima do nível do rio, o que não reflete a realidade do jogo, na qual o avião colide com as laterais se for muito para o lado.



 RIVER RAID III?

Agora vamos falar de um mistério: vários cartuchos aqui no Brasil, na época, ostentavam o game “River Raid III“, como por exemplo alguns cartuchos de 4 games da Milmar, daqueles com chave-seletora. O pequeno problema é que nunca foi lançado nenhum River Raid III! Fica o mistério.

Como aqui no Brasil era relativamente comum mudarem o nome dos jogos (”Halloween” do Atari foi batizado de “Sexta-Feira 13” por aqui), é provável que o “River Raid III” fosse na verdade simplesmente o River Raid II, ou mesmo algum outro game de estilo semelhante, mas sem nenhuma relação direta.

CURIOSIDADES:

* River Raid foi o primeiro game a ser banido na Alemanha pelas autoridades, em 1984, sob o fundamento de que “provia às crianças educação paramilitar” (!!!) e de que jogá-lo causava nos jovens “raiva, agressividade, pensamento errático e dores de cabeça“. É mole? O que será que esse pessoal diria ao ver as crianças jogando Gran Theft Auto hoje em dia?

O banimento oficial de River Raid perdurou até 2002, por conta do relançamento do jogo como parte da coletânea Activision Anthology do Playstation 2. Hoje, o game é considerado “livre para todas as idades” por lá. Portanto, de duas, uma: ou a sociedade atual realmente se acostumou com a banalização total da violência, ou as autoridades alemãs da época tinham merda na cabeça. Eu fico com a segunda opção.

* Na época, o game foi convertido para os microcomputadores MSX, Spectrum, IBM PC e Commodore 64, só para ficar nos mais famosos, além de ser lançado também para os consoles Intellivision, ColecoVision e Atari 5200. Hoje, como parte da coletânea Activision Anthology, River Raid encontra-se também disponível para Playstation 2, Game Boy Advance, PSP e Windows.


  CONTROVÉRSIA DE RIVER RAID NA ALEMANHA:

River Raid foi especialmente popular na Alemanha, pois ele foi o primeiro jogo de videogame a ser colocados no Index pela: Bundesprüfstelle für jugendgefährdende Schriften (Departamento Federal de Redações Nocivas para Jovens; hoje Bundesprüfstelle für jugendgefährdende Medien, Departamento Federal de Mídia Prejudicial para Jovens), junto com versão alemã pouco conhecida do jogo: Speed Racer para o Commodore 64.

Na exposição de motivos para indexação em 19 de dezembro de 1984 está escrito: "As crianças menores são destinados se aprofundar em um papel de um combatente intransigente e agente de aniquilação (...). Este jogo fornece para as crianças uma educação paramilitaristica (...). Com mais velhos menores, jogando (...) leva a sentir dores físicas, raiva, agressividade, pensamentos erráticos (...) e dores de cabeça.” (BPjS-Aktuell Heft 2 / 84).

River Raid permaneceu indexado como prejudicial para os menores até 2002. quando um editor, com êxito pressionou o órgão para a remoção da indexação para o então lançamento de: Activision Anthology para a PlayStation 2. Isso nos mostra como era o pensamento em duas épocas distintas da história de River Raid em 1984 e anos depois, quando graças á pressões populares e sinais dos novos tempos, River Raid então foi considerado “Livre para todas as audiências” pela “Unterhaltungssoftware Selbstkontrolle







Carol Shaw e curiosidades sobre River Raid
A primeira mulher programadora de jogos, que criou o River Raid, disse em entrevistas que originalmente a idéia do jogo era ser um shooter espacial, mas a proposta foi rejeitada pela Activision porque já haviam jogos espaciais demais no mercado, então a nave virou um barco, o que na minha opinião até faz mais sentido, afinal um avião poderia a princípio sobrevoar a parte de terra ao invés de bater nela... No entanto Carol não gostou do desenho do barco e resolveu transformá-lo num avião.

O que faz o River Raid "não ter fim" (mesmo que o fim seja através da pontuação, é fato que não há uma "tela final") é o fato de que Carol bolou um esquema de geração "pseudo-randômica" do cenário, ou seja, o desenho do rio é feito através de cálculos matemáticos e portanto não foi "desenhado". Provavelmente é algo semelhante a fractais... Isso possibilitou colocar esse jogo infinito nos míseros 4kb do Atari.

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