“Eu sou o Cavaleiro Negro, à procura de um desafio.” Para quem tem mais de 35 anos e passou a juventude em fliperamas, esta frase ainda causa um frio no estômago. É uma das muitas deixas da Cavaleiro Negro, máquina criada pela divisão brasileira da Taito Corporation em 1980 e considerada hoje a mais desejada pelos pinboleiros. Saiba por que essa máquina é mítica.
1. Fale com ela
Cavaleiro Negro lança frases com um sotaque carregado, robótico, instigando o jogador a toda hora. Não foi a primeira a falar em português, mas foi a primeira a ter relação com o momento do jogo. Se você sacode a máquina, ela solta:  “Por favor, não sacuuuuuda tanto”. Se não tem ninguém jogando, “Psiu, psiu, mostre-me que não és covarde. Ataque!”
2. Coisa rara
Estima-se que haja não mais de 30 máquinas do Cavaleiro Negro no mercado hoje em dia, contando as sucateadas. “As restauradas chegam a custar R$ 15 mil”, comenta Cid Rudis, diretor do Pinball Clube do Brasil. As de outros temas custam entre R$ 2 mil e R$ 12 mil.
3. Arte in vitro
Uma peça muito procurada é o vidro superior da Cavaleiro Negro, cujo desenho é considerado o mais benfeito dentre as produções da Taito. Ele chega a custar R$ 1,8 mil – quase o valor de uma máquina comum completa. Alguns  colecionadores ostentam o tampo de vidro na parede, como um quadro.
4. Sobrado
Um dos principais atrativos da Cavaleiro Negro é o segundo andar. Lançar a bolinha lá para cima era um dos principais prazeres da molecada que lotava os fl iperamas nos anos 1980.
5. Dois chips
Cavaleiro Negro não fez sucesso inicialmente. Inspirada na máquina gringa Black Knight, da Williams, ela seguia os padrões americanos: três bolas durante um jogo com tempo determinado. Percebendo a falta de sucesso, a Taito refez o chip da máquina, que passou a ter cinco bolas e não ter tempo máximo de jogo. Hoje, o sonho dos colecionadores é justamente a máquina com o primeiro chip, aquele que não fez sucesso.

Quartel-General da rataiada !!!
(((Uuuu “queijeiro”da rataiada )))!!!!